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As faces do Jornalismo em ambiente digital

Afinal o que é ser jornalista na era digital? Os chamados prossumidores irão assumir de vez o papel do profissional comunicador? E a profissão? Será extinta?

Essas questões estão cada vez mais frequentes nas grandes redações e no ambiente do jornalismo atual.


O crescimento e a popularização da internet têm afetado diretamente algumas mídias, como é o caso do impresso. Entretanto, a resistência contra a modernização diante as múltiplas plataformas é algo arriscado. É preciso interagir, convergir e mudar.


De acordo com a jornalista e professora Lorena Tárcia, em entrevista coletiva com alunos do 5º período de Jornalismo do UniBH, compartilha sobre os principais desafios enfrentados diante essa nova convergência de mídia, e como o jornalista deve se adequar á essas plataformas.


"O principal desafio é como se posicionar hoje no digital. É uma rede que esta conectando o ser humano e sua essência, nós somos ódio, raça e violência. A cultura do ódio contra o jornalista é enraizada, e esse vai ser o principal desafio online já que no digital não se vende produto, se vende um posicionamento."


Foto por: Bruno Souza

Foto por: Bruno Souza



A doutora em Comunicação Social, ainda afirma que o jornalismo brasileiro busca sua natureza para se expandir, "Pensar fora do âmbito de, radio, tv e impresso, abrindo novas possibilidades da construção da informação". Ponderando a isto, ela ainda cita que esses períodos de mudanças já estão sendo implantados no exterior, e estas adaptações necessárias para a sobrevivência da profissão vem ganhando destaque como, por exemplo, no The New York Times.


Há muito tempo o jornal tem investido não apenas em um modelo online, mas em novos formatos de conteúdo exclusivamente oferecidos aos seus assinantes digitais. Com isso seu lucro cresceu em US$ 24 milhões.


"O futuro do jornalismo esta na mão de vocês que estão saindo para o mercado de trabalho. Temos a obrigação como profissionais da comunicação de ocupar a internet não só com algo diferente do que está ai, mas sim mostrar que a internet é diferente e educar as pessoas para ocupá-la de forma diferente". Analisa Lorena.


Fazer relevância nesses ambientes seria a principal preocupação para o futuro da profissão. O espaço online possibilita uma infinidade de novas formas para ser a diferença. "Estamos na melhor era da profissão, basta sabermos aproveitar esse momento. Parte do ponto de vista por parte das pessoas e o que elas querem saber, primeiro ouvi-las e depois ver em que pode ser útil, através das técnicas do jornalismo, contar às histórias que elas querem ouvir".





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